sábado, 30 de março de 2013

Overtraining no futebol: detecção através de método multidisciplinar


É fundamental correlacionar dados coletados por análises laboratoriais e psicológicas, com o propósito da criação de um método de avaliação mais integrado
Claudinei Chelles
Aparatos sofisticados como testes laboratoriais são utilizados para verificação da instalação do quadro de overtraining nos atletas de futebol. Porém, tais métodos geralmente são de difícil aplicação e acesso, devido ao alto custo, o que acaba restringindo a utilização desses recursos apenas aos atletas que têm disponíveis melhores condições através de suas equipes.

Muitas alterações no organismo têm sido descritas através dos procedimentos laboratoriais. No entanto, até o momento, nenhuma se mostrou, isoladamente, confiável a ponto de poder ser aceita como teste diagnóstico exclusivo para o overtraining. Entre essas alterações, pode-se citar: freqüência cardíaca máxima diminuída, alterações nas medidas de lactato, como sua concentração em esforço máximo ou seu limiar, alteração na relação testosterona/cortisol, alterações imunológicas que levam a infecção das vias aéreas superiores, alterações em marcadores séricos como CK (creatina Kinase) e uréia, etc. Enfim, tantas teorias de biomarcadores, entretanto, ainda não possibilitam maior conhecimento fidedigno sobre a etiologia e a fisiopatologia do quadro (PELUSO, 2003; BANFI, DOLCI, 2006).

Em alguns estudos, a síndrome do overtraining tem sido associada com altos níveis de cortisol no sangue e saliva na recuperação após o esforço, mas em outros estudos o mesmo não ocorre, gerando, assim, alguma controvérsia. Se mudanças hormonais ocorrem com o overtraining, então, é necessário que estudos longitudinais sejam realizados com atletas que se apresentem nessa condição para demonstração de resultados mais confiáveis (HOOPER et al., 1992, GARCIA, 2003).
fonte: http://www.universidadedofutebol.com.br/Artigo/1858/buscar

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