domingo, 31 de março de 2013

Tom Cruise and Usain Bolt in the Rio de Janeiro - Brazil


The best actor and the best runner in the Brasil and in the 
BEST CITY: RIO DE JANEIRO!
And the best places: 
Maracanã and Copacabana on March 2013.


 Tom Cruise, Glenda and Zico
 Tom Cruise number 10
 Usain Bolt dancer after to win 150 m
Usain Bolt won Flamengo´s Flag

sábado, 30 de março de 2013

Overtraining no futebol: detecção através de método multidisciplinar


É fundamental correlacionar dados coletados por análises laboratoriais e psicológicas, com o propósito da criação de um método de avaliação mais integrado
Claudinei Chelles
Aparatos sofisticados como testes laboratoriais são utilizados para verificação da instalação do quadro de overtraining nos atletas de futebol. Porém, tais métodos geralmente são de difícil aplicação e acesso, devido ao alto custo, o que acaba restringindo a utilização desses recursos apenas aos atletas que têm disponíveis melhores condições através de suas equipes.

Muitas alterações no organismo têm sido descritas através dos procedimentos laboratoriais. No entanto, até o momento, nenhuma se mostrou, isoladamente, confiável a ponto de poder ser aceita como teste diagnóstico exclusivo para o overtraining. Entre essas alterações, pode-se citar: freqüência cardíaca máxima diminuída, alterações nas medidas de lactato, como sua concentração em esforço máximo ou seu limiar, alteração na relação testosterona/cortisol, alterações imunológicas que levam a infecção das vias aéreas superiores, alterações em marcadores séricos como CK (creatina Kinase) e uréia, etc. Enfim, tantas teorias de biomarcadores, entretanto, ainda não possibilitam maior conhecimento fidedigno sobre a etiologia e a fisiopatologia do quadro (PELUSO, 2003; BANFI, DOLCI, 2006).

Em alguns estudos, a síndrome do overtraining tem sido associada com altos níveis de cortisol no sangue e saliva na recuperação após o esforço, mas em outros estudos o mesmo não ocorre, gerando, assim, alguma controvérsia. Se mudanças hormonais ocorrem com o overtraining, então, é necessário que estudos longitudinais sejam realizados com atletas que se apresentem nessa condição para demonstração de resultados mais confiáveis (HOOPER et al., 1992, GARCIA, 2003).
fonte: http://www.universidadedofutebol.com.br/Artigo/1858/buscar

Overtraining e seus efeitos: cuidado para não exagerar nos treinamentos

March 30th, 2013.

Especialistas explicam as causas e as forma de evitar e tratar o problema


Sabe o que é a síndrome de overtraining? Trata-se de um problema que ocorre quando o atleta faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar. Ao tentar melhorar o desempenho em treinamentos e provas, os corredores exageram no volume da atividade física sem ter o descanso adequado e escolhem uma dieta incorreta. As consequências, no entanto, vão da ordem muscular, passando por problemas nas articulações, e resultam em malefícios no sistema imunológico e no aspecto psicológico do corredor. Para abordar este tema, o Eu Atleta foi procurar os especialistas.

mulher cansada euatleta corrida (Foto: Getty Images)

CAUSAS E PREVENÇÕES
Acredita-se que a gênese da síndrome de overtraining esteja diretamente relacionada com uma estratégia de treino denominada "teoria da supercompensação", que se fundamenta no princípio da sobrecarga progressiva. Essa teoria afirma que as reservas energéticas gastas durante o processo de contração muscular são repostas apenas no período de recuperação, ou seja, de descanso.
Segundo o preparador físico Manuel Lago, o overtraining tem uma incidência maior em corredores de média e longa distância e implica em problemas das mais diversas ordens, como insônia, lesões agudas e crônicas, o sistema hormonal se desequilibra, irritabilidade, diminuição da performance e alteração da pressão arterial. 
- Além dos problemas nos treinos, vai interferir em várias coisas que afetam a qualidade de vida. Para evitar o overtraining, é essencial obedecer seu treinador. Como forma de prevenir, o atleta precisa conhecer cada vez mais seu corpo, identificando sensações como preguiça, cansaço, exaustão para saber avaliar melor, o seu rendimento no treino - disse Manuel Lago, que acrescenta: o problema pode ser leve, moderado ou severo.
O especialista explica a diferença entre treino forte e overtraining:
TREINO FORTE  OVERTRAINING
 VOCÊ É CAPAZ DE SAIR, TREINAR E VOLTAR VOCÊ NÃO É CAPAZ DE SAIR PARA TREINAR FORTE, O CORPO 'RECLAMA' DO AQUECIMENTO AO FINAL DA ATIVIDADE. NA MAIORIA DAS VEZES, O ATLETA NEM CONSEGUE COMEÇAR A PARTE PRINCIPAL DO TREINO
As causas fisiológicas e metabólicas:

- Elevação do nível do cortisol (hormônio que quebra o tecido muscular para forma energia);
- Déficit proteico;
- O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o
anabolismo (reações de síntese de substâncias);
- Estresse no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais (ver coluna sobre
a tríade da mulher atleta que eu escrevi para o site);
- Tempo insuficiente para reparar os micro-traumas no músculo esquelético provocados pelo exercício.
Problemas que o overtraining traz aos atletas:
- Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;
- Dor muscular persistente;
- Sensação de fadiga crônica;
- Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
- Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
- Queda da resistência imunológica;
- Perda da qualidade do sono.
COMO TRATAR 
De acordo com o fisiologista Turibio Barros, o tratamento do overtraining é obrigatoriamente a redução drástica do treino ou em casos mais graves a interrupção da atividade física e das competições. Quando o atleta busca bons resultados e melhor qualidade de vida, ele deve ter acompanhamento de um médico, profissional de educação física, nutricionista e também um fisioterapeuta. Sendo diagnosticado em tempo, sem que haja complicações mais sérias, principalmente as provocadas pelos distúrbios hormonais, o quadro felizmente é reversível. 
ALIMENTAÇÃO BALANCEADA
O melhor meio, portanto, de se evitar o overtraining é não permitindo que ele apareça. Além de não extrapolar seus limites nas pistas, é importante descansar bem entre uma atividade e outra e manter uma alimentação balanceada, como explica a nutricionista Cristiane Perroni.
A alimentação equilibrada é fundamental: hidratação, ingestão de todo os grupos, individualizada para cada esporte e período de treinamento, se preocupando com os alimentos no pré-treino, durante e após (recuperação). Dietas restritivas, desequilibradas e com baixa ingestão de carboidratos agravam o overtraining. Confira:
Frutas, verduras e legumes: são fontes de vitaminas e minerais que participam de processos celulares relacionados ao metabolismo energético; contração, reparação e crescimento tecidual e muscular; defesa antioxidante, resposta imune, ritmo cardíaco, condução do impulso nervoso, transporte de oxigênio e saúde óssea. Apesar de sua relativa escassez na dieta e no organismo, os minerais e as vitaminas são os principais reguladores da saúde e das funções orgânicas.
verduras (Foto: Getty Images)
Verduras, frutas e legumes: fontes de vitaminas e mineiras importantes (Foto: Getty Images)



Carboidratos: o metabolismo de carboidratos tem papel crucial no suprimento de energia para atividade física. No exercício de alta intensidade, a maioria da demanda energética é suprida pela energia da degradação dos carboidratos, disponíveis para o organismo através da dieta e são armazenados no nosso corpo em forma de glicogênio muscular e hepático. Sua falta leva à fadiga.

Proteínas: elas também ajudam na reposição das reservas de glicogênio nos músculos e no fígado, que são bastante utilizadas durante a atividade física, esta ingestão deve acontecer junto com alimentos que são fonte de carboidratos . A associação de carboidratos com proteínas é muito importante para a recuperação do treino, repondo as reservas de glicogênio muscular e sendo fonte de aminoácidos essenciais. A maior absorção acontece até duas horas após a atividade física. Ingerir pouca proteína faz com que o corpo não se recupere nos treinos, mas o excesso pode levar a problemas renais e doenças cardiovasculares.

Pode ser necessário a suplementação de alguns nutrientes como:

Glutamina: regulação da síntese proteica inibe o catabolismo muscular, a participação no sistema imune e nas células intestinais. A suplementação oral de glutamina falha em induzir a elevação na sua concentração plasmática, pois as células do epitélio intestinal consomem a maior parte deste aminoácido, entretanto esta suplementação poupa a glutamina do corpo (endógena), aumentando a disponibilidade deste aminoácido para outros tecidos.

Ômega 3: ação antiinflamatória e estimulação do sistema imune.

Antioxidantes (vitamina AEC; selênio; zinco; cromo) : combate aos radicais livres e estímulo ao fortalecimento do sistema imunológico.

BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) reequilibram a quantidade de triptofano, diminuindo a síntese de serotonina evitando a fadiga central, recuperação muscular.

Bebidas isotônicas/jujubas ou gel de carboidratos: repositores de glicose, sódio e potássio.

Atenção: Cuidado com a suplementação desnecessária, que pode levar riscos à saúde.

Fonte: www.globoesporte.com (EU ATLETA)

sexta-feira, 29 de março de 2013

March 28th, 2013

Early preparation fot the Tournamente April 4th

In training yesterday we used the all field. Most of the time the first team used only 3 touches on the ball about 50 minutes before water brake. After water brake free touches and movement a lot.
The team had a good movements, improved the skills, I think our team will do a good tournament.
The players are training hard, very focus, attention, enthusiasm and vibration.


 Corner training
Use your mind... sometimes you need to kick this way.
 Nice throw of Ahmed Ali which resulted in a goal from the first team
 Nice triangulation ( Akran, Mohamad and Ahmed) orange team.
 Final conversation about training
Final conversation about training

terça-feira, 26 de março de 2013

Early preparation for the tournament

March 26th, 2013.

Saudi Stars Program (SSP): 
EARLY PREPARATION FOR THE TOURNAMENT  APRIL 4th

We begin today of the preparation to play the tournament U-13 in Al Ahli Saudi Football Academy.
Was a hard day of work for the players.
The training started with technical training to improve the pass, control the ball, receive the ball and technic.
After we made small field with 3x3 + 1 joker to working possession of the ball. The work was very important, the players had a good movements and I used just 2 passes in this work and no needed to kick on goal.
And we keep working hard in the half field where I used 6x6, atacks x defender but that situation the players needed to kick on goal. That work wasn´t simple, all players needed touch in the ball before to kick and they could to touch only 3 times in the ball.
For complete the training I did a shooting session of only for 5 minutes because the players was  tired.
The training ended with a discussion about training and a good stretching session.
With the children we need to talk very much and show to them about what it´s right and wrong. Kids need education and show for them everything and have very patience.


The participating team:
1) Al-Ahly Academy A
2) Al-Ahly Academy B
3) SSP
4) Spanish Academy
5) Golden Boy
6) Spire Sport

Below the photos from today's training.
Legends below of the photos.


 Techinical Training
 Techinical training
 Small Field ( 3x3 + 1 joker) working possession the ball
  Small Field (6x6) working possession the ball
 players who weren´t training 3x3 still doing technical training.
                                               Small Field (6x6) working possession the ball
  players who weren´t training 3x3 still doing technical training.
 Joey (1° Player orange switer) defender of the category sub-15 participates in the formation of forcing the attackers and midfield have more movement.
 Shooting session...
 Final Conversation
 Stretching
 Stretching


quarta-feira, 20 de março de 2013

Match: March 20th, 2013 - Al Ahli x SSP

Match: March 20th, 2013 - Al Ahli x SSP
 Chegando para o jogo
 Preleção
 SSP U-15

 Shawali, eu e Hugo 
 Intervalo de jogo
 Atenção total
Eu ao lado do Treinador Luís Gonçalves de Portugal e as comissões Técnicas Al Ahli e SSP


Ontem dia 20 de março de 2013 foi um dia de muita alegria e muito especial, pude fazer meu primeiro jogo mais importante aqui na Arábia Saudita.
Fizemos um excelente jogo contra o Al Ahli Saudi Soccer Academy no estádio no Al Ahli.
Conseguimos um resultado muito bom, saimos perdendo de 1x0, mas logo em seguida conseguimos o gol de empate e o empate permaceu até o fim da partida que terminou 1x1.
Deus nos abençoou com este excelente resultado!!!


Receita do sucesso by Michael Jordan


domingo, 17 de março de 2013

Al- Ahli x SSP (Saudi Stars Program) 20th March, 2013

Na próxima quarta-feira dia 20 de março estarei disputando meu primeiro grande jogo como treinador aqui na Arábia Saudita.
Jogaremos contra o Al-Ahli no Estádio do Al-Ahli pela categoria sub-15.
O trabalho nesta semana do jogo começou forte hoje, com um treinamento em campo reduzido e após da pausa para oração obrigatória todos os dias aqui, finalizamos os treino com um treino coletivo para o apronto do time com o time jogando em situação favorável de 1 jogador a mais e tiveram um aproveitamente excelente.
Acredito que estamos prontos para fazer um jogo duro contra o Al-Ahli mesmo sabendo das dificuldade que nos espera.

Sub-15 SSP - base do time que jogará no dia 20 de março de 2013

SSP - Visita às Escolas em Jeddah

Após receber o convite para visitação às Escolas aqui na Cidade de Jeddah na Arábia Saudita, pude perceber o Amor que cada pessoa tem pelo Brasil.
Foram centenas de autógrafos... procurei a dar atenção a todas as crianças que me pediram autógrafos mesmo eu não sendo famoso, mas fiz questão de atender pacientemente cada criança, pois não quero ser lembrado um dia como lembro de algumas pessoas famosas que tive oportunidade de conhecer as vezes em meio a multidão e devido a quantidade de gente não me deram o autógrafo e que fiquei triste e dias pensando naquele autógrafo que tanto queria.
Cada dia mais estou tendo a dimensão com que o mundo Ama o Brasil e o brasileiro e cada dia mais também venho tendo a dimensão do quando não somos valorizados por aquilo que fazemos de bom.
Então foram muito bons esses dias de visitação às Escolas aqui em Jeddah... e com isso o Saudi Stars Program está cada dia mais crescendo passo a passo.











terça-feira, 12 de março de 2013

Treinamento Funcional no Futebol


Treinamento funcional no futebol: uma metodologia 

que ajuda na prevenção lesões e possibilita aumento 

de rendimento


Principal diretriz é conseguir aplicar cada uma das vertentes de forma específica, simulando exercícios com gestos iguais ou parecidos aos realizados pelos futebolistas dentro dos treinos e jogos
Sandro Sargentim*
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Com o passar dos anos, a ciência aliada ao treinamento desportivo vem buscando aperfeiçoar mecanismos de aplicação de treinamentos que busquem a excelência em rendimento através de métodos específicos de cada modalidade. Os esportes individuais alcançaram resultados mais diretos na busca pela especificidade da manipulação das cargas de treinamento comparado aos esportes coletivos.
O futebol, dos esportes coletivos, sempre foi a modalidade que mais impõe barreiras para a implantação de técnicas novas de treinamento que visam não somente alto rendimento individual e coletivo, mas geram uma adaptação ao organismo do atleta, proporcionando uma maior equilíbrio muscular e com isso um menor risco de lesões muscular e articular.
O treinamento funcional tem como foco dentro do futebol dois objetivos claros e interdependentes:
1- Melhora do movimento específico do futebolista durante as fases mais intensas e decisivas do jogo;
2- Um maior equilíbrio das cadeias musculares, minimizando com isso as chances de dores e lesões inerentes ao futebolista.
As vertentes que compõem o treinamento funcional dentro do futebol são: treinamento de força, core e propriocepção (Sargentim e Passos, 2012).
A força é aplicada com o principal objetivo de melhora da resposta muscular aos movimentos mais intensos e específicos do jogo. O treinamento de força tem como função primária melhorar a ação motora do futebolista dentro dos treinamentos e jogos.
O futebol é um esporte misto e intermitente, onde o atleta realiza diversas ações musculares intensas e curtas com longas pausas para as novas ações (Bloomfield, e cols., 2007). As ações motoras na fase ativa da partida, na maior parte das vezes, são realizadas através de movimentos rápidos e intensos com ação específica dos grandes grupos musculares (Gatz, 2009).
A manipulação dos exercícios de força pretende dentro do futebol, criar uma adaptação ao atleta, para poder realizar os movimentos com mais intensidade e segurança, prorrogando ou diminuindo a chance de fadiga muscular. As manifestações de força do futebolista são força máxima, força explosiva e resistência de força explosiva (Sargentim, 2012).
Para o futebolista poder desempenhar o seu melhor desempenho através do treinamento de força, o fortalecimento das suas articulações e bem como seu centro de equilíbrio e controle deve ser treinado e aprimorado através do treinamento do core e da propriocepção.
A região do core pode ser entendida com a conexão entre os membros superiores e inferiores, se tornado a base do movimento de cada indivíduo, pode ser entendido como o produto de um controle motor e da capacidade muscular do complexo quadril-lombar-pelve (Verstegen, 2004).
Os movimentos realizados pelos membros são iniciados e posteriormente equilibrados pela região do core (Boyle, 2003). Com o core bem equilibrado e fortalecido, o futebolista conseguirá realizar as ações musculares com maior segurança, gerando mais força com menos gasto de energia e consequentemente uma menor possibilidade de fadiga (Neuman, 2002).
O treinamento do core é a base de apoio para a aplicação de todas as capacidades físicas e suas derivações, voltadas para esportes de alto rendimento (Wilson, 2006).
O treinamento funcional não está direcionado para a melhora do músculo do atleta, nem tão pouco com seus grupamentos musculares, e sim com o direcionamento harmônico e coordenado dos movimentos específicos de cada desporto de acordo com sua especificidade (Boyle, 2010).
Contudo por mais força que o atleta conseguir realizar pelos membros e por mais fortalecido e equilibrado estiver a região do core, de pouco adianta se as articulações específicas não forem treinadas e fortalecidas da forma pontual e correta.
A propriocepção é a resposta sensório-motora que informa nosso corpo como proteger as articulações aos estímulos externos, através dos proprioceptores (Campos e Coraucci Neto, 2004) e como principal característica o fortalecimento das articulações correspondentes ao futebolista (tornozelo, quadril e joelho).
A propriocepção não age isoladamente na articulação, ela fortalece também a musculatura que compõe cada articulação. O fortalecimento articular através da propriocepção acontece através da estimulação dos receptores (especialmente os mecanorreceptores), da estimulação ao fuso muscular e ao órgão tendinoso de Golgi (Sargentim e Passos, 2012).
O treinamento funcional dentro do futebol é realizado dentro dessas três vertentes (força, core e propriocepção).

A principal diretriz do treinamento funcional dentro do futebol é conseguir aplicar cada uma das vertentes de forma específica, simulando os exercícios com gestos iguais ou parecidos aos realizados pelos futebolistas dentro dos treinos e jogos.
Os exercícios para serem específicos devem ser realizados pelos grupamentos musculares específicos dos futebolistas, com a alta intensidade, com a velocidade de movimento parecida com a de jogo e com a freqüência de movimentos próxima à realidade encontrada em uma partida de futebol.
É possível o treinamento de forma integrada, com as três vertentes do treinamento funcional estimuladas ao mesmo tempo, ou isolando cada uma das vertentes em cada sessão de treino – essa divisão é pedagógica e pode evoluir de acordo com aceitação e evolução dos atletas.
O treinamento funcional dentro do futebol não prioriza a prevenção de lesões em detrimento ao alto rendimento: ele contribui para os dois objetivos agirem em conjunto proporcionando ao futebolista moderno um maior fortalecimento e equilíbrio muscular, potencializando o rendimento de forma complexa e específica.


*Sandro Sargentim é preparador físico de futebol e autor do livro "Treinamento de força no futebol". Além disso, é docente no curso de pós graduação em Treinamento Desportivo - UNiFmu/Gama Filho e Treinamento Funcional - Ceafi e coordenador da pós graduação em Ciências no Futebol - UniFmu.

Referências bibliográficas:
Bloomfield, J.; Polman, R.; O’Donogue, P. Physycal demands of diferent positions in FA Premier League Soccer. J. Spor. Sci. Med., v. 6, p. 63-70, 2007.
Boyle, M. Advances in Functional Training. Train Techniques for Coaches, Personal Trainers and Athletes. OTP. USA, 2010. p.315.
Boyle, M. Functional Training for Sports. Human Kinetics.USA, 2003.
Gatz, G. Complete conditioning for soccer. Human Kinetics, 2009, p.197.
Neumann, D.A. Kinesiology of the musculoskeletal system: foundations for physical rehabilitation. Mosby, Missouri, 2002, p.425.
Sargentim, S.: Treinamento de força no futebol. São Paulo:Phorte. 2010. p.120.
Sargentim, S. Passos, T. Treinamento Funcional no Futebol. São Paulo. 2012. P.184
Verstegen, Mark. Core Performance. Estados Unidos, Rodale, 2004. p. 35-36.
Wilson, W. Rugby Fitness Training: A Twelve-Month Conditioning Programme. Crowood Press; illustrated edition. 2006, p-189.

http://www.universidadedofutebol.com.br/Artigo/15397/TREINAMENTO-FUNCIONAL-NO-FUTEBOL-UMA-METODOLOGIA-QUE-AJUDA-NA-PREVENCAO-LESOES-E-POSSIBILITA-AUMENTO

segunda-feira, 11 de março de 2013

MEL E CANELA CURAM A MAIORIA DAS DOENÇAS?

VOCÊ SABIA QUE O MEL É O ÚNICO ALIMENTO QUE NÃO ESTRAGA E QUE A MISTURA DE MEL E CANELA CURAM A MAIORIA DAS DOENÇAS?

O mel é produzido em quase todos os países do mundo. Apesar de ser doce, a ciência demonstrou que, tomado em doses normais como medicamento, o mel não faz mal aos diabéticos. Mas ele vai além de suas fantásticas propriedades, apresentando inúmeros benefícios:

DOENÇAS DO CORAÇÃO

Faça uma pasta de mel com canela. Coloque no pão e coma-o regularmente no café da manhã, no lugar da manteiga e geléia.
Ela reduzirá o colesterol das artérias e previnirá problemas no coração.
Também previne novos infartos nas pessoas que já tiveram um antes.
O uso regular deste processo diminui a falta de ar e fortalece as batidas do coração.
Nos Estados Unidos e Canadá, se utiliza esta pasta continuamente nos asilos. Descobriu-se que o mel com canela revitaliza e limpa as artérias e veias dos pacientes idosos.

ARTRITE E INFECÇÕES DE RINS

Misturar uma xícara de água morna com 02 colheradas de mel e 01 colherinha de canela em pó. Beber uma xícara de manhã e uma de noite.
Se tomar com frequência pode até curar a artrite crônica, além de eliminar os germes que produzem infecção nos rins.
Numa pesquisa feita na Universidade de Kopenhagen, os médicos deram aos seus pacientes diariamente, antes do café da manhã, 01 colherada de mel e meia colherada de canela em pó.
Em uma semana, de 200 pacientes que seguiram o tratamento, 75 deixaram de ter dor inteiramente.
Um mês depois, todos os pacientes estavam livres da dor, mesmo aqueles que quase já não conseguiam caminhar.

COLESTEROL

2 colheradas de mel com 03 colherinhas de canela misturados em meio litro de água..
Tomar 03 vezes ao dia.
Isto reduz o colesterol em 10%, em duas horas.
Tomado diariamente, elimina o colesterol ruim.

RESFRIADOS

Para curar completamente sinusite, tosse crônica e resfriado comum ou severo, misturar 01 colherada de mel com 01 colherinha de canela em pó e tomar com frequência.

DOR DE GARGANTA
1 colherada de mel, misturada com meia colher de vinagre de sidra.
Tomar de 4 em 4 horas.

PERDA DE PESO

Diariamente, meia hora antes de deitar e meia hora antes de tomar o café da manhã, beba mel com canela numa xícara de água.
Se beber todos os dias, reduz o peso até de pessoas muito obesas.

Também evita os estragos da idade quando se toma regularmente.
Misture 01 colherada de canela e 03 xícaras de água.
Ferva para fazer um chá. Quando amornar, coloque 04 colheradas de mel.
Beber um quarto (1/4) de xícara, 03 ou 04 vezes ao dia.
Mantém a pele fresca e suave, e, diminui os sintomas da idade avançada.
Beber este chá alonga a vida e até uma pessoa de 100 anos pode melhorar muito e se sentir como alguém muito mais jovem.

PERDA DE CABELO

Os que sofrem de calvície ou estão perdendo o cabelo, podem aplicar uma pasta de azeite de oliva (aqueça o óleo até uma temperatura suportável à pele), 01 colherada de mel e 01 colherinha de canela em pó, no couro cabeludo.
Deixar por 15 minutos antes de lavar.
Foi comprovado que é eficiente mesmo quem deixar a pasta na cabeça somente 05 minutos.

DOR DE DENTES

Fazer uma pasta com 01 colherinha de canela e 05 colherinhas de mel e aplicar no dente que está doendo. Repita pelo menos 03 vezes ao dia.

PICADAS DE INSETOS

Misture 01 colherinha de mel, 02 colherinhas de água morna e 01 colherinha de canela em pó. Faça uma pasta com os ingredientes e esfregue-a suavemente sobre a picada.
A dor e a coceira irão desaparecer em um ou dois minutos.

DIVERSOS

A mistura de mel com canela alivia os gases no estômago, fortalece o sistema imunológico e alivia a indigestão.

Indicação: COLHER DE CHÁ.

Obs.: O mel não deve ser fervido.

Fonte: Revista 'Weekly World New' - Canadá (17/01/1995)

sábado, 2 de março de 2013

Aspectos físicos, técnicos e táticos da iniciação ao futebol

Nas fotos meu afilhado Samyr ao 10 anos!




Aspectos físicos, técnicos e táticos 
da iniciação ao futebol
http://www.efdeportes.com/efd103/esqui4.gif

Especialista em Futebol.
Universidade Federal de Viçosa -
 
UFV/MG.
 
 

Fabrício Moreira Filgueira
 
fmfmoreira@terra.com.br 
(Brasil)
 
 

Resumo
     Em virtude do grande número de crianças e professores diplomados ou não envolvidos na prática do futebol, da proliferação das escolas especializadas, da formação de atletas, da competição no ambiente futebolista e de uma filosofia imediatista, a criança no futebol tem sido submetida a um alto nível de cobranças e exigências em relação ao seu desempenho de modo geral. Esta foi a inquietação geradora deste estudo, realizado através de uma pesquisa bibliográfica, em que se coletou as informações na literatura especializada sobre a iniciação esportiva no futebol. Os estudos apontam que a iniciação com crianças futebolistas na faixa etária de 07 a 13 anos, idade propícia para trabalhos multilaterais, ou seja, para adquirir habilidades corporais (movimentos naturais); treinamento variado e predominantemente com atividades aeróbias; aprendizagem das habilidades coordenativas motoras básicas e desenvolvimento da tática integrada aos processos de capacidades cognitivas. Os estudos sugerem que as atividades e treinamentos esportivos não devem ser sistematizados objetivando uma especialização precoce. Não devem ser enfatizados trabalhos que tendem a objetivar níveis máximos de capacidades psicológicas e fisiológicas da criança. A prática esportiva deve ser adequada às fases de crescimento e desenvolvimento da criança.
 
    
Unitermos: Criança. Futebol. Iniciação. 


Introdução
    No Brasil, o futebol é um fenômeno que cativa e impressiona pela sua grandeza. Esse manifesto é natural, mas, para tudo na vida tem a sua hora, especialmente no que tange a prática de esportes na infância. O esporte na infância deve ser tratado de maneira adequada, respeitando a individualidade da criança, independente dos interesses ou objetivos das instituições formais ou informais.
    O esporte deve se adaptar à condição técnica, física e psíquica da criança de forma compatível com as suas necessidades e possibilidades adequadas à sua maturação orgânica funcional. Mas, nem sempre esta perspectiva de respeito ao desenvolvimento infantil é o que acontece na prática, merecendo a atenção deste estudo, no sentido de captar, dentro da literatura especializada, as sugestões e propostas adequadas para intervenção nesta fase.

Iniciação Esportiva ao Futebol
    Para aprender a jogar um esporte qualquer, uma criança deve ter a oportunidade de experimentar um número grande de situações. Cada situação dessas será responsável pela abertura de um grande número de possibilidades, sendo que, cada possibilidade dessas, quando for experimentada, poderá abrir outras tantas.
Ao final de um longo processo, o acervo de possibilidades motoras, intelectuais, sociais, morais, e assim por diante, disponível no jovem que se formou nesse esporte, será imensamente mais amplo que no jovem formado em uma equipe ou escolinha que lhe impôs um sistema de superespecialização (FREIRE, 2002).
    O primeiro fator a ser considerado são as fases de desenvolvimento físico da criança. Existe uma série de transformações ou mudanças da estrutura física da criança na faixa de idade da iniciação no futebol, compreendida nas chamadas categorias menores de 07 á 13 anos de idade.
    Conforme Figura 1, hoje, o futebol é dividido em categorias por idade cronológica, desde as chamadas categorias menores (fraldinha, dentinho, dente de leite): 

    É importante considerar, na iniciação esportiva, a idade biológica, o nível de coordenação motora e o grau de inteligência para a elaboração das atividades a serem desenvolvidas pela criança, a fim de contribuir com o maior número de vivências motoras possíveis.
    Na formação de base, todas as coisas devem ser aprendidas por experiências as mais diversificadas possíveis (FREIRE, 2002).
    Haveria outro caminho a seguir no desenvolvimento esportivo que não esse percorrido tradicionalmente, que inclui, nos casos extremos, especialização precoce, contusões, limitações da inteligência, excessos de treinamento? Claro que há, e foi seguido por vários excepcionais atletas do futebol, entre eles, Garrincha, Pelé e Maradona, que aprenderam enquanto brincavam, como qualquer criança de vida normal. Fossem nossos técnicos esportivos melhores observadores, encontrariam nesses fenômenos esportivos a orientação mais segura para suas pedagogias (FREIRE, 2002).
    A prática do futebol, na iniciação esportiva, se manifesta através do jogo, nas diversas manifestações lúdicas que podem ser instituídas na aprendizagem do futebol.
    O jogador de qualidade é aquele que vivencia um número enorme de possibilidades e, para cada situação do jogo, ele encontra a melhor. O jogador de hoje tem poucas possibilidades, imposta por rotinas exaustivas e limitadas, portanto, formando um jogador de pouca qualidade, o que torna o jogo de menor qualidade com movimentos estereotipados, sem qualidade. Por isso, estamos cada vez mais frequentemente vendo jogadores de baixo nível técnico e equipes de péssima qualidade.

Aspectos físicos
    NEGRÃO (1980) alerta para os danos físicos que podem ser ocasionados pelo esporte altamente competitivo praticado em idade precoce.
    O trabalho muscular intenso excessivo, associado a sobrecarga emocional que a competição provoca, pode ocasionar perturbações no desenvolvimento normal da criança, principalmente no ritmo do crescimento em altura e no desenvolvimento somático, funcional e intelectual.
    O esporte competitivo implica treinamentos específicos de cada modalidade, o que poucas vezes vem ao encontro das necessidades fisiológicas da criança.
    Para NEGRÃO (1980), crianças só podem suportar esforços reduzidos, fisiologistas renomados, são unânimes em afirmar a importância de treinamento aeróbico para crianças.
    NAHAS (1980) salienta ainda que,
quando a intensidade e a freqüência das atividades competitivas são grandes e extrapola o ambiente escolar e grupal, exigindo da criança um grau de especialização incomum para a idade em que se encontra, passam a existir dúvidas consideráveis sobre se os benefícios para um desenvolvimento ótimo são importantes bastante para se desprezarem os perigos de lesões e traumas psicológicos (às vezes irreparáveis) .
    Um programa para iniciação esportiva, através do futebol, deve ser regular, equilibrado, voluntário, e agradável, de modo a dar atenção especial às necessidades, potencialidades e aspirações da criança.
    O futebol é um esporte muito complexo, por isso é muito importante que a criança, nos níveis de idade Fraldinha, Dentinho e Dente, tenha uma formação básica, desenvolvendo as habilidades físico-mentais: consciência corporal, coordenação, flexibilidade, ritmo, agilidade, equilíbrio, percepção espaço-temporal e descontração.
Treinamento Físico ao Nível de Idade:
  • Fraldinha (7-8-9 anos): desenvolvimento da psicomotricidade
    Objetivos:
    • formar o esquema corporal;
    • trabalhar com atividades naturais e recreativas.
    Atividades:
    • desenvolver conhecimentos de espaço-temporal, lateralidade e domínio;
    • desenvolver noções de tamanho, peso, altura, direção, profundidade e velocidade;
    • ritmo.
  • Dentinho (9-10-11 anos): a melhor fase para aprendizagem motora
    Objetivos:
    • aperfeiçoamento dos movimentos em geral;
    • movimentos naturais ritmados.
    Atividades:
    • dinâmicas e sem formalidades com técnicas simples e com grandes variedades de exercícios;
    • incorporar as técnicas motoras;
    • desenvolver a criatividade.
  • Dente de Leite (11-12-13 anos): forma pré-desportiva, fundamentos desportivos, período de formação motora específica e, formação física de base: formação corporal, educativo de corrida, rendimento, criatividade e formação física técnica
    Objetivos:
    • formação física de base;
    • fundamentos desportivos.
    Atividades:
    • exercícios com deslocamento utilizando bolas;
    • desenvolver destrezas técnicas.

Aspectos técnicos
    A técnica é uma particularidade do esporte. É uma ação motora perfeita que proporciona o maior nível de desempenho no atleta da forma mais objetiva e econômica possível. A técnica é comum a todos os atletas, e formada pelos fundamentos do esporte.
    No caso, o futebol é muito complexo e, por isso, necessita de uma aprendizagem motora adequada e habilidades específicas, o que, por sua vez, necessita de um acervo motor altamente qualificado.
    Na iniciação esportiva é fundamental falarmos primeiramente em aprendizagem dos movimentos (componentes motores básicos), mais especificamente, em psicomotricidade e, mais tarde, em desenvolvimento técnico (elementos técnicos).
    Ainda referindo-se ao trabalho do aspecto técnico na iniciação esportiva, LUCENA (1998, p.7), comenta que, "[...] através da aquisição de bons hábitos motores, e do domínio de técnicas elementares, é que se fundamenta progressivamente o desenvolvimento técnico da criança".
    Poucos professores, nesse nível, são capazes de ir além do exaustivo exercício de repetir interminavelmente gestos absolutamente descolados do contexto do jogo. Outras modalidades, como o futebol, recrutam seus quadros entre os jovens que aprenderam, nas brincadeiras, a dominar a arte desse esporte (FREIRE, 2002).
    É o conjunto de fundamentos básicos que diferencia o futebol dos demais esportes, cuja peculiaridade está principalmente, no uso dos pés e pernas para executar as ações básicas para defender, atacar e marcar gols, entre outras partes do corpo.
    A metodologia deve ser baseada na variação dos exercícios a serem ministrados de acordo com o nível de idade (fraldinha, dentinho e dente), devendo ser programada quanto à complexidade, intensidade e duração. Nestes níveis de idade, os trabalhos técnicos devem ser formados por ações básicas, não visando a técnica propriamente dita, sem o aperfeiçoamento e sim, objetivando a aprendizagem dos movimentos.
     "[...] esportistas com melhor treinamento em coordenação aprendem uma técnica esportiva mais rapidamente do que aqueles cujo repertório de movimentos é limitado e cuja coordenação é deficiente" (WEINECK, 1999, p.539).
    Ainda segundo o mesmo autor, o treinamento das capacidades coordenativas relaciona-se em muitos pontos com o treinamento da técnica e com seus requisitos imediatos.
Treinamento Técnico ao Nível de Idade:
  • Fraldinha (5-6-7 anos):
    • aquisição de novos movimentos (ampliação do repertório motor).
  • Dentinho (8-9-10 anos):
    • melhor fase para a aprendizagem motora;
    • capacidade de ampliação do repertório de movimentos;
    • variado e pouco direcionado para um maior desenvolvimento técnico.
  • Dente de Leite (11-12-13 anos):
    • favorável para o ensino da técnica geral e para a instrução básica.

Aspectos táticos
    O ensino e o desenvolvimento da tática e da técnica requerem uma grande capacidade intelectual do atleta. A eficácia da tática, especificamente, depende da capacidade de percepção, antecipação e tomada de decisão, o que reflete a capacidade tática e experiência motora do atleta.
    Segundo WEINECK (1999), a tática esportiva é baseada sobre a capacidade cognitiva, técnica adquirida e capacidade psicofísica e direcionada para um comportamento ideal em competições, mobilizando todo o potencial individual.
    É comum esquecermos que o desempenho esportivo também se relaciona aos processos cognitivos, emocionais e à vontade.
    O treinamento da tática não deve ser prioridade e nem enfatizado na formação esportiva na infância. Nesta fase, deve-se priorizar e ensinar a tática através de jogos. O desenvolvimento da tática não se dá através de um treinamento complexo e sistemático, e sim, nas ações do jogo que se justifica a importância do comportamento tático do jogador para o rendimento esportivo, constituindo-se nas inter-relações dos fatores do jogo: espaço, tempo, situação, cooperação, oposição e bola.
    O desenvolvimento intelectual e técnico na formação esportiva está propício para informações básicas e para uma tática geral.
    Os alunos de uma escola de futebol devem receber também formação teórica, obedecendo ao seguinte critério: quanto menos idade tiver o aluno, menos teoria; quanto mais idade, mais teoria (FREIRE, 2003).
    O treinamento esportivo na infância deve ser baseado no desenvolvimento intelectual, técnico e físico do indivíduo, e acompanhado de um aprendizado tático e motor adequado, isto é, os iniciantes devem ser estimulados a perceber as informações relevantes da situação, a fim de decidirem corretamente que gesto motor executar em cada situação. Sendo assim, é preciso que os iniciantes sejam capazes de executarem esquemas táticos de forma consciente com autonomia e criatividade.
    De acordo com GRECO e BENDA (2001), as capacidades táticas estão em direta relação de interdependência e em interação com as capacidades cognitivas, técnicas e físicas.
    A tática está diretamente relacionada aos aspectos físicos, técnicos e psicológicos, e por este motivo estes aspectos estão aqui sendo citados em uma ordem pedagógica.
    A tática depende de 3 aspectos: posição, função e característica do jogador. Esta estritamente correlacionada ao desenvolvimento cognitivo, ou seja, a inteligência do jogador (percepção).
Treinamento Tático ao Nível de Idade:
  • Fraldinha (5-6-7 anos):
    • não há posicionamentos definidos;
    • noções básicas de espaços do campo (defesa, meio e ataque).
  • Dentinho (8-9-10 anos):
    • posições específicas do futebol (forma de rodízio);
    • reconhecer os espaços do campo.
  • Dente de Leite (11-12-13 anos): 
    • definir posições;
    • fase inicial da preparação tática.

Metodologia
    Este trabalho de pesquisa bibliográfica está restrito a análise descritiva referente a metodologia da iniciação no futebol, onde a realidade esportiva na modalidade é excessivamente competitiva em que as crianças estão expostas as variáveis dos aspectos físicos, técnicos e táticos que operam sobre o desempenho esportivo.
    A finalidade deste trabalho é propor uma metodologia de treinamento adequada a faixa etária de 07 a 13 anos, nas chamadas categorias Fraldinha, Dentinho e Dente de Leite, a fim de contribuir com discussões a cerca da participação da criança na iniciação do futebol em relação aos aspectos físicos, técnicos e táticos.

Considerações finais
    Segundo FRISSELLI (1994), primeiramente perguntarmos as nossas crianças se é isso mesmo que elas querem, atendendo as suas necessidades, não as dos pais, técnicos, dirigentes ou a outros interesses alheios aos dos agentes principais: as crianças.
    A criança precisa aprender e conviver com o esporte, vivenciar diferentes situações, construir idéias e valores, descobrir sentimentos e incorporar transformações sociais, afetivas, intelectuais e motoras essenciais para a formação do caráter do indivíduo e para o seu futuro esportivo.
    De acordo com CARAZZATO (1999),
É na escola de esportes que a criança terá atividades proporcionais nos solos e na água, correndo, saltando, arremessando e agarrando, iniciando inclusive contato com bolas e outros objetos próprios para o desenvolvimento de sua coordenação motora.
    A otimização do treinamento infantil e de jovens requer um conhecimento básico das condições vigentes em cada faixa etária. Somente este conhecimento possibilita estabelecer um treinamento adequado às necessidades de crianças e jovens (WEINECK, 1999).
    Em relação aos aspectos físicos, as atividades aeróbicas são as mais indicadas para esse nível de idade. Trabalhos multilaterais de longa duração e pouca intensidade. Haja no processo de ensino-aprendizagem uma preparação multilateral do indivíduo, trabalhos de coordenação geral, preocupação com o período sensitível, competição a nível escolar de forma reduzida ou informal.
    A iniciação ao futebol é ideal para adquirir habilidades coordenativas motoras básicas. A princípio, o treinamento técnico deve objetivar a aprendizagem de movimentos, e não o gesto técnico específico do futebol.
    A estratégia ou planejamento tático deve ser simples sem muitas variações de jogo (defensivas e ofensivas), podendo ser em forma de jogos reduzidos com elementos e objetivos essenciais ao jogo formal.

Referências bibliográficas
  • CARAZZATO, J.G. Atividade física na criança e no adolescente. In: GHORAYEB, Nabil; NETO, Turíbio L. Barros. O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Editora Atheneu, 1999. p. 351-361.
  • FREIRE, João Batista. Pedagogia do Futebol. 2. ed. Campinas: Autores Associados (Coleção educação física e esportes), 2003.
  • FREIRE, João Batista. A especialização precoce no esporte. De Corpo Inteiro. decorpointeiro.com.br
  • FRISSELLI, Ariobaldo. Cuidado: Futsal Menores. Boletim Técnico Científico (APEF), Londrina, ano 3, n. 3, jul. 1994.
  • GRECO, Pablo Juan; BENDA, Rodolfo Novellino (org.). Iniciação Esportiva Universal 1: da aprendizagem motora ao treinamento técnico. 1º Reimpressão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
  • LUCENA, Ricardo. Futsal e a Iniciação. Rio de Janeiro. Sprint, 3º edição, 1998.
  • NAHAS, Markus Vinícius. A competição e a criança. Comunidade Esportiva, Universidade Federal de Santa Catarina (Centro de Desportos), p. 2-5, 1980.
  • NEGRÃO, Carlos Eduardo. Os mini-campeões. Caderno de Pesquisa - Laboratório de Avaliação da Escola de Educação Física - USP, São Paulo, (34), p. 28-33, ago. 1980.
  • WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal. 9º edição, São Paulo: Manole, 1999.